MENSAGEM EXTRAORDINÁRIA DE SÃO JOSÉ, TRANSMITIDA NO CENTRO MARIANO DE FIGUEIRA, À VIDENTE IRMÃ LUCÍA

Escute em seu coração a história que vou lhe contar. Deixe que Minhas palavras fluam como água pura do rio de sua mente e que os mistérios de Minha vida corram dentro desta água com a mesma harmonia. Confie no compromisso que seu coração tem Comigo, porque muito pouco é o que o mundo sabe sobre esta história e muito pouco continuará a saber, até que ingresse no Reino dos Céus.

Nasci de uma gestação de infinita pureza, preparada pelos anjos, como se criassem uma flor, quando era Minha alma que crescia no ventre de Minha santa mãe. Chamo-a santa, porque sobre ela desceu o Espírito Santo e, através dos sonhos, foi preparada pelos anjos para compreender a maternidade que viveria, de uma criança pouco comum para a época.

Minha mãe cantava-Me ao coração, orava e preparava sua gestação com profundo amor; amor que Deus lhe infundia, para inspirar a Sua criação, que seria a semente do que viria a ser José, o chamado filho de David.

Nasci e cresci acompanhado dos anjos. Minha santa mãe, ornada pelo Espírito Santo, foi quem primeiro Me ensinou a realizar as primeiras obras de caridade. Ensinou-Me que, para o próximo, deveria ser ofertado sempre o melhor e, quem assim procedesse, dando ao próximo o que de melhor possuísse, receberia de Deus o que Ele mesmo tinha de melhor no Reino dos Céus.

Desta forma, fui compreendendo as Leis de Deus, que eram muito diferentes das leis da Terra e, quanto mais Minha consciência infantil mergulhava neste Reino, mais Me via fora de todas as leis do mundo, sobretudo das leis da matéria, as que prendem o homem e o fazem refém das energias capitais.

Dotado de profunda união com Deus, o Senhor não permitiu jamais que as leis da Terra atuassem sobre Minha consciência juvenil.

Aprendi do trabalho e da solidão, do silêncio, da oração e do jejum e, nestes hábitos diários, cresci. De família simples e pobre, assim foi se refletindo a vida em Minha alma; cresci simples e pobre das coisas do mundo.

A solidão ensinou-Me a humildade, pois na solidão aprofundava-Me nos mistérios da Fé e na ciência do Reino de Deus, o que Me fazia compreender dia a dia, quão pequeno era, diante da Grandeza de Deus Altíssimo.

É verdade que fiz voto de castidade aos 12 anos. Em verdade, a castidade e a pureza Me foram infundidas por Vontade Divina e eram virtudes naturais de Meu pequeno ser. Quando aos 12 anos compreendi parte da Vontade de Deus para Minha pequena consciência, confirmei-Me nesta Vontade e ofereci o voto de castidade perpétua.

Não apenas este voto fiz diante de Deus, mas também Lhe prometi ser eternamente serviçal, em todas as coisas, enquanto vivesse e ainda na Eternidade. Seria Seu fiel servo e obreiro, servindo eternamente à Sua Santidade e a todos os Seus filhos, aqueles mais necessitados.

Quando Me casei com Maria, encontrei Nela também a perfeita caridade, da qual fomos exemplo como família e como pessoas.

Todo trabalho realizado por Minhas mãos era ofertado aos pobres – os mais pobres que nós – e como havia aprendido de Deus, quando dava aos que necessitavam, por Obra e Graça do Espírito Santo, recebíamos em nossa mesa tudo quanto necessitávamos nós para subsistir.

Maria era exemplo de caridade também espiritual. Formava no Amor a Deus todos quantos necessitavam, desde as anciãs às mais jovens, estando sempre rodeada de mulheres de Nazaré e de Jerusalém.

Em Meu trabalho de carpinteiro, exercia o ofício sempre unido à Vontade do Senhor e isto permitia que os instrumentos confeccionados fossem dotados do Espírito Santo. Muitos milagres aconteceram, dentro e fora de Meu conhecimento; milagres sobre os quais, pedia perpétuo silêncio aos que os recebiam e atribuição total à Graça Divina e à Sua Santa Vontade e Obra.

Em Minha carpintaria, formava os jovens e as crianças de Nazaré, dentre os quais o Menino Jesus, que mais Me ensinava do que aprendia. Com Sua presença, os milagres, realizados através dos objetos que confeccionávamos, começaram a crescer.

Como nossas confecções eram feitas para gente muito pobre, mas de muita fé, não lhes custava acreditar nas Obras do Espírito Santo e, embora profundamente agradecidos àquela família tão misteriosa de Nazaré, vendo tão grande humildade e pureza, não hesitavam em atribuir estas santas obras a Deus.

A vida de José foi uma vida sobretudo de silêncio, de trabalho e de oração. Diz o Senhor que este é o Arquétipo da vida consagrada; uma vida que existiu há tantos anos e que para muitos pode ser considerada como ultrapassada, mas que veio revelar ao mundo o Arquétipo das famílias sobre a Terra.

José e Maria se completavam nas virtudes e na devoção, no Amor a Deus e nos cuidados com Jesus. Jesus aprendeu, em Sua infância, das virtudes de Seus pais e sobressaiu em todas, crescendo nelas e ensinando aos Seus humilíssimos pais a viver sob a Lei de Deus.

A Sagrada Família era o complemento de perfeita santidade, Obra puríssima do Criador, vista desde os mínimos detalhes e preparada não apenas em José e Maria, mas em todas as últimas 14 gerações de ambos os pais de Jesus.

Estas gerações foram crescendo em santidade e pureza, para ofertar aos dois santos a santidade mais pura que pudesse existir sobre a Terra e, desta união perfeita poderia nascer, protegido do mundo e amparado pelo Espírito Santo, o Filho dileto de Deus, Seu primogênito, Jesus Cristo.

 Os escritos que há na Mística Cidade de Deus se complementam com o que consta do Evangelho.

Tudo deve ser lido e estudado com o coração, para que através dele seja transmitido.

Que nasça primeiro em seu coração esta devoção, que depois percorrerá o mundo.

Seu amado Irmão e Instrutor, São José Castíssimo