Queridos filhos,

Hoje Meu Coração chega a este Reino de Cura para a humanidade com um propósito de liberar a maior quantidade possível de almas dos abismos deste mundo.

Hoje Me coloco sobre este altar, não apenas como um símbolo de Minha irradiação sobre o Oriente Médio, mas como uma Verdade, porque assim estou todo o tempo, clamando por esta terra sagrada na qual um dia coloquei os Meus Pés, a qual desejei santificar com a Presença de Meu Filho.

Quando estive no mundo, senti em Meu Coração a esperança de que este planeta pudesse ser sagrado, porque portava em Meu Ventre o Filho de Deus. Caminhei por todo o Oriente e também pela Europa, buscando estender o Reinado de Meu Filho, anunciar o Seu Retorno, Sua Ressurreição, Sua Vida Eterna.

Tive a esperança de que uma Nova Jerusalém pudesse surgir, aquela terra sagrada tão esperada, mas não foram muitos os que escutaram o Meu Filho, os que O escutaram de verdade, que seguiram Suas Palavras, que as tornaram vida. 

Escutar Cristo não é apenas compreender as Suas Palavras; é vivê-las. Por isso que lhes digo que foram muito poucos os que O escutaram. 

Apesar de que Ele andou entre as multidões, muitos viram Seus milagres e se assombraram com eles, mas poucos foram os que fizeram de si mesmos o maior milagre de Cristo. E, ao longo destes dois mil anos, muito poucos foram os que se animaram a viver este milagre, este milagre que Meu Filho perpetuou através da Eucaristia, na qual Ele Se entrega todos os dias ao coração humano, renovando Sua Paixão e Sua oferta de renunciar a Si mesmo pela salvação deste mundo.

Cada vez que comungam com Cristo, que recebem o Pão e o Vinho, nessa hora Meu Filho revive a Sua Paixão e reconfirma, diante de Deus, a Sua perpétua entrega por este mundo e por muitos outros. 

Por isso, filhos, devem saber estar diante da Eucaristia, devem lembrar, cada vez que comungam, o sacrifício sagrado de Meu Filho Jesus, o Seu Perdão e a Sua Misericórdia, porque, assim, não renovarão apenas o Seu sofrimento, renovarão também a Sua Misericórdia, Sua Paz diante de todos os acontecimentos, Sua Fé absoluta no Criador, mesmo crucificado diante da morte, Sua certeza da vida eterna, de que, unido a Deus, ressuscitaria.

Venho para ressuscitar este mundo, para ver ressuscitar as almas, assim como vi ressuscitar o Meu Filho. 

Venho para ressuscitar o Propósito de Deus no coração humano, para que não se perca, não se desvaneça.

Meu Coração os acompanha e os sustenta, assim como impulsionou Cristo a seguir com Seu sacrifício até o final. Mas, se querem seguir o exemplo de Meu Filho e contar com o auxílio de Meu Imaculado Coração, devem ser persistentes, perseverantes no Propósito Divino, independente dos resultados, independente do que chamam de fracassos, porque as leis deste mundo não se assemelham às Leis do Céu. O que pode parecer um fracasso para os olhos humanos é a grande vitória do Criador.

Aqueles de Meus filhos que renovam sua fé no Oriente Médio, apesar de toda a perseguição, do medo, da dor, estão renovando a fé do mundo inteiro, estão renovando o sacrifício de Cristo, estão fazendo do fracasso de uma nação a vitória de Deus no coração dela. 

É por esses Meus filhos que nunca perdem a fé que Meu Coração ainda pode interceder pela Síria. Com sua convicção de permanecer unidos a Cristo, eles Me abrem as portas todos os dias. 

Mas, para que Meu Imaculado Coração triunfe e que ali reine a paz, como em todos os países do Oriente Médio, necessito que mais seres vivam a oração verdadeira, confirmem sua união com Cristo e descubram que o verdadeiro tesouro é a vida espiritual, que transcende a matéria e tudo o que ela oferece.

Necessito também, filhos Meus, mais do que suas orações; necessito que se tornem verdadeiros apóstolos de Cristo, que não temam viver segundo as Suas Palavras, segundo a Sua Vontade, que anunciem ao mundo, com exemplos, a possibilidade de viver a paz.

Quisera despertá-los do sono em que vivem e demonstrar-lhes que ainda é muito pouco o que entregam a Deus, diante da grande necessidade do mundo. Ainda insistem, filhos Meus, em ser crianças na vida espiritual, quando o Armagedom planetário os convida a atuar como adultos espiritualmente.

Por mais que creem que vivem a vida do espírito, os seus exemplos demonstram que ainda há muita resistência em seu interior. E lhes digo estas coisas porque fizeram um compromisso com Deus de ser aqueles que impulsionam a transformação do planeta; é por isso que Eu os ajudarei, por esse compromisso que fizeram no princípio e que não se pode perder nas pequenezas de suas vidas.

Enquanto o tempo se acelera e os dias vão perdendo as suas horas, necessito que cumpram com sua missão. Hoje mostro aos olhos de seus corações a realidade planetária, para que assim, filhos Meus, despertem para a verdade, amadureçam seus espíritos e já não pensem tanto em si mesmos, na própria comodidade, no próprio bem-estar, quando é tempo de servir, de entregar até a última gota de suor, em nome d’Aquele que um dia suou sangue, por amor à humanidade. 

Aquele que é o exemplo de suas vidas deu até a última gota de Seu Sangue e perdoou cada uma de Suas Chagas, convertendo Suas feridas em Fonte de Misericórdia para o mundo inteiro, como para o cosmos. É por isso que se tornou Rei e hoje os convida a imitar os Seus passos, porque o Seu sacrifício não foi suficiente para converter este mundo como Deus espera.

Filhos Meus, enviei-os ao Oriente Médio para que vissem com os próprios olhos o que o inimigo causa no interior dos seres: a dor e o sofrimento, o medo e o rancor, que com muita dificuldade serão arrancados desses corações humanos apenas com o esforço de todos, com a oração, com o serviço, com o sacrifício tão temido por esta humanidade e que, em verdade, nada mais é do que sua possibilidade de se unir a Cristo e ao que Ele representa para toda a Criação.

Hoje, sobre este altar, mostro-lhes as realidades do espírito, que superam o que acontece na matéria, e faço isso para que, como humanidade, orem Comigo e intercedam por este mundo, porque não basta que Meu Divino Coração clame a Deus, ele necessita escutar a voz dos homens, invocando Sua Misericórdia, orando tal como Seu Filho lhes ensinou, para abrir as portas do Céu e voltar a unir o coração humano com Seu Coração Sacratíssimo.

Orem Comigo, acompanhem-Me com o coração, com a alma e com a consciência.

Nesse momento, a Mãe Divina pediu que um dos sacerdotes presentes orasse o Pai Nosso e a Ave Maria em árabe.

Se orassem de coração todos os dias, muitas coisas aconteceriam diferente neste mundo. Se não orassem apenas com a boca ou com a mente, mas com o coração, se clamassem a Deus, se suplicassem por Sua Divina Misericórdia, oferecendo o sacrifício de Seu Filho e a renovação desse sacrifício na Eucaristia, poderia-se converter muitos males deste mundo. 

Mas a humanidade ainda se interessa mais em permanecer na própria comodidade, viver as próprias aspirações do que converter a existência deste mundo, converter o sofrimento, a angústia, as trevas em luz, em amor e paz, em estabelecimento do Reino de Deus.

Reflitam, filhos Meus: 

O que os impede de entregar tudo e tornar-se verdadeiros servidores? 

Será que não creem em Minhas Palavras ou não compreendem verdadeiramente a urgência dos tempos? 

Será que não lhes toca o sofrimento de seus irmãos? 

Será que não veem a necessidade do mundo, dos que morrem ao seu lado, na matéria como no espírito? 

O que fazem quando passam diante de um pobre na rua? Pensam que aquele é um espírito criado por Deus, que veio para este mundo para cumprir uma missão, para viver a redenção e aprender a amar, ou detêm o pensamento para não pensar e não sentir nada e apenas serem indiferentes ao que vivem?

Filhos, o Armagedom um dia baterá às portas de suas casas e os esperará prontos. Quererão, nessa hora, que existam seres entregues por amor, que os auxiliem quando perderem tudo. Quererão que existam almas que entregaram suas vidas a Deus para orar por vocês e que suas almas tenham a oportunidade no Reino dos Céus. 

O Oriente Médio, como muitos lugares deste mundo, já necessita de suas orações. O Armagedom já chegou no plano físico para eles, não é apenas espiritual ou mental.

Farão brotar a Misericórdia de seu interior e deixarão que a necessidade de seus irmãos seja maior que a própria? Perceberão a necessidade dos que já padecem neste mundo ou permanecerão orando pelas próprias enfermidades e apenas orando de coração quando for por suas famílias?

Necessito de consciências que vivam pela salvação deste mundo, não de um ou dois, de todos! E, para que sua oferta possa chegar ao planeta, deve ser uma oferta verdadeira, completa e absoluta.

Deixarei que Minhas Palavras ressoem em seus corações e espero que realmente tenham-Me escutado.

Agora chamarei estas pequenas almas que decidiram aprofundar a sua oferta ao Meu Imaculado Coração e, nesta noite, lhes pedirei que reflitam, verdadeiramente, se estão dispostas a viver qualquer coisa para estabelecer a Minha Paz, se vencerão os conflitos em suas vidas, em suas famílias e no seu dia a dia para serem verdadeiros pacificadores, se estabelecerão a paz através do próprio exemplo, se não temerão usar esta camisa, símbolo de Meu Manto sobre seus corpos, quando chegar a hora de confirmar a própria fé. 

Um soldado, filhos Meus, não retira o seu uniforme na hora da batalha; ele dá a vida pelo propósito que deve cumprir.

Meu Imaculado Coração está criando um exército de paz, com almas que não temerão sofrer ou perder a si mesmas para estabelecer essa paz no mundo. Quero que saibam disso e que, ao levantar as mãos para consagrar-se como Filhos de Maria, saibam o que estão fazendo. Eu sempre os fortalecerei, sempre os guiarei, acompanharei os seus passos, mas também lhes pedirei que se confirmem e que sejam verdadeiros no compromisso que realizaram Comigo.

É por isso que hoje os abençoo e reconsagro suas almas, porque, em verdade, todos os Filhos de Maria já são consagrados ao Meu Coração desde o princípio. Quando se ajoelham em Meu altar, estão apenas confirmando que aceitam viver a redenção. Que possam, um dia, difundir este propósito e que muitas almas se inspirem por sua consagração. Deem exemplo ao mundo de entrega, de transparência, de simplicidade, de paz. Mostrem o caminho para o Meu Reino, com orações, mas também com ações.

Eu os abençoo e lhes peço que não se esqueçam do que lhes disse. Elevem suas ofertas ao Meu altar; escuto suas petições. Não temam pedir, porque Eu lhes concederei sempre e quando forem consequentes com a sua fé; mas não peçam apenas por si mesmos, peçam também pelo planeta, porque Deus está escutando. Falem ao Coração do Pai como não falaram no dia em que Ele os esperou. 

Deus ainda silencia, porque Ele é o próprio Silêncio. Apesar da indiferença da humanidade, Seu Coração jamais parou de derramar Amor sobre o mundo, e Ele segue esperando a resposta das almas desta Terra.

Enquanto Me elevo, orem mais uma vez ao Pai Celestial, para que Eu possa chegar aos pés de Seu Altar com a oferta da humanidade.

Hoje lhes pedirei uma consagração diferente: que se consagrem por este planeta e não apenas por vocês mesmos. Por isso, enquanto Me elevo, pedirei que cantem o Pai Nosso em árabe e que, assim, enviem ao Senhor a confirmação de que aspiram a estar ao Seu lado e cumprir com o Seu Plano.

Espero-os e os escuto.

Nesse momento, os presentes escutaram os membros do monastério entoarem o Pai Nosso em árabe.

Abençoo-os, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Irmã Lucía de Jesús:

Irmãos, só queríamos compartilhar com todos, como Maria nos pediu, que, desde o princípio da oração, Nossa Senhora já estava trabalhando no Oriente Médio. Foi por isso que os anjos nos pediram que cantássemos a Ave Maria em árabe.

E, durante toda a oração, víamos que Ela estava lá, não só na Síria, mas também em outros países, no meio dos conflitos, irradiando Sua Paz, como se andasse disfarçada entre as pessoas que ali viviam.

Quando chegou, Ela tinha uma roupa diferente, era como se usasse um traje muçulmano, com os lenços que envolviam a cabeça, mas dava para ver que o rosto não estava coberto. Era uma roupa de cor azul um pouco mais escura e tinha alguns detalhes brancos.

Eu via atrás de Nossa Senhora alguns lugares do Oriente Médio, situações bem difíceis, porque Ela nos mostrava não só o que acontecia no plano físico, mas ao mesmo tempo mostrava o que acontecia nos planos espirituais. Ela dizia que estava fazendo isso um pouco para amadurecer a nossa consciência, como Ela sempre faz, para que pudéssemos ter a necessidade do mundo um pouco maior do que a nossa própria necessidade.

E, quando orávamos o Pai Nosso em árabe e as Ave Marias, Nossa Senhora orava conosco, e também os anjos oravam com Ela, e eles arrancavam de alguns lugares do Oriente Médio muitas criaturas espirituais negativas. Eram imagens bem fortes, que compartilhamos com todos porque Nossa Senhora nos pediu. E Ela retirava essas criaturas, às vezes de desertos, às vezes de dentro das casas das famílias ou de reuniões de grupos políticos e religiosos. E Ela seguiu fazendo esse trabalho até o final da Aparição.

Ela seguia trabalhando no Oriente Médio enquanto falava com cada um de nós, enquanto tentava despertar nossa consciência. E, agora no final, quando pediu que os irmãos cantassem o Pai Nosso em árabe, eu vi o planeta de cima; é difícil de explicar, porque ao mesmo tempo que Nossa Senhora ainda estava presente, eu via essa imagem do planeta e como do universo começava a descer uma Luz branca intensa, e era como se a nossa consciência fosse entrando dentro do planeta e vendo cada vez com mais detalhes a superfície da Terra.

Essa Luz vinha como um sol branco, com a energia da Consciência de Deus, até chegar sobre o Oriente Médio. E eu percebia o Oriente Médio muito escuro, destruído, e essa Luz começava a percorrer os espaços; ela se dividia, multiplicava-se em pequenas Luzes que começavam a ingressar nos lares, nas escolas cheias de refugiados, nos hospitais, e iam preenchendo o interior das almas.

E era algo que sentíamos realmente muito sublime, que transcendia essa imagem, porque Nossa Senhora também nos fazia sentir a Presença de Deus ali. E, quando esse momento foi-se fechando, Nossa Senhora nos dizia que assim Ela esperava que orássemos sempre, na Presença d’Ela, com Ela, para que a Consciência de Deus sempre pudesse descer sobre o planeta.

E, no momento que Ela nos pediu que falássemos com Deus, Ela nos mostrou atrás d’Ela os diferentes portais que levavam até o Cosmos. E também é difícil de explicar, mas era como se a Consciência de Deus estivesse ali nos observando; não era uma pessoa, não tinha uma forma material como nós imaginamos. Era apenas uma Vida, uma Luz, que sentíamos que nos observava e que nos escutava. Ele não tinha uma forma mas Ele estava em tudo ao mesmo tempo e nessa hora escutou o que cada um de nós Lhe disse.

Deixamos todos com as Palavras de Maria no coração e com este relato que esperamos que aprofunde o que Ela nos disse.

Que possamos todos permanecer com Nossa Senhora no coração.

Somos gratos, Mãe, por quanto nos dás!