Uma alma estava aflita por sentir no profundo de seu coração que emergiam dores antigas, registros de experiências que ela desconhecia e de outras que parecia ter superado. Sentia que em seu interior não havia um tempo em que suas experiências antigas passavam e as novas surgiam de forma harmoniosa; mas tudo se misturava e se tornava difícil de compreender e de transformar o que havia em seu interior.

Então, em uma oração sincera, essa alma questionou a Deus, dizendo-Lhe: “Senhor, o tempo passa fora de mim, mas dentro parece não existir. Como eu posso sentir e padecer de feridas que nem sequer tenho consciência de que existiam em meu interior? Hoje tudo é tão confuso; o que parecia estar superado emerge com mais força, e quando parece que eu já me levantei, volto a cair nos abismos de meus medos e incertezas, nas dores de feridas novamente abertas, sendo elas conhecidas e desconhecidas. Explica-me, Deus: como posso curar e superar o que acontece dentro de mim”?

E, com amor e sabedoria, o Senhor respondeu-lhe: “Em verdade te digo que não apenas dentro de ti, mas também na verdadeira vida, o tempo não existe. O tempo é a forma que Eu criei para que as criaturas deste mundo pudessem crescer em uma sequência de leis e ciências divinas, que as mantêm em uma escola evolutiva até o momento de sua maturidade espiritual. O tempo acontece fora de ti, em teu lado humano. O tempo é percebido por teu corpo, mente e sentimentos, mas, em teu interior, alma pequena, e em tua essência mais profunda, não há tempo. Ali és semelhante a Mim, ao Meu Infinito; em ti pulsa uma vida eterna.

Quanto mais se aproxima a transição do planeta, que é a esperada maturidade humana, mais se chega ao momento em que isso que se oculta em teu interior se manifeste, que a verdade se expresse, que o tempo já não exista, mas que a Eternidade se revele. E é parte desse processo de transição que tua alma pequena veja emergir os registros mais internos daquilo que viveste em outros tempos, porque tudo emerge para ser reconhecido, conscientizado e equilibrado, segundo o despertar de tua consciência e o amor de teu coração.

Por isso, diante das dores mais antigas, apenas busca o Amor que há em Mim e a Graça de Meu Espírito para que Eu tenha um lugar para atuar através de ti e assim equilibrar e curar tudo aquilo que, por ignorância, viveste, todas as feridas abertas por uma vida distante de Mim. Apenas busca-Me e dá-Me um espaço dentro de ti, em tua mente, corpo, alma e coração. Assim Eu serei em teu interior”.

Que esse diálogo os faça compreender, filhos, que este é o momento de ver emergir, dentro de vocês, todos os registros de outros tempos que ainda necessitam curar-se. Mas, diante do que sentem, não se desesperem e apenas busquem a Deus e Lhe deem lugar, porque apenas Ele tem a Graça e o Amor para curá-los definitivamente.

Têm a Minha bênção para isso.

São José Castíssimo

Para encontrarem a Deus, filhos, basta que sejam sinceros de coração, verdadeiros e transparentes.

Lavados pela Misericórdia que desce sobre as suas almas, quando se confessam com Deus e se rendem a Ele é que estarão prontos para cruzar as portas do próprio interior e ingressar em Seu Reino.

Não basta querer saber, conhecer ou adquirir o conhecimento divino para engrandecerem suas personalidades humanas, porque assim, filhos, estarão com suas mentes cheias das meias verdades que os homens podem alcançar, porém vazios da Sabedoria e do Dom do Discernimento e da Ciência Divina.

Querer saber é um passo, mas não é o caminho trilhado. Querer ser é outro passo, que também não completa o seu destino. Render-se a Deus em humildade é mais do que um passo, é uma chave que lhes abre a porta para o encontro com o Redentor e com o Criador de todas as coisas.

Por isso, ensino-lhes sobre da humildade, antes de lhes revelar as ciências divinas. Por isso, falo-lhes sobre a rendição, antes de falar sobre o conhecimento; falo-lhes sobre do amor, antes do entendimento; falo-lhes sobre a fé, antes da revelação da Verdade.

Para passarem pela porta estreita da união com o Pai, devem primeiro retirar de vocês as tantas capas que não lhes permitem atravessá-la. E isso, filhos, se dá através do Sacramento da confissão, da transparência, da humildade e da rendição diante de Deus.

Têm a Minha bênção para trilhar este caminho.

Seu Pai e Amigo,

São José Castíssimo

Oro para que as almas alcancem a paz.

Oro para que as consciências despertem para a realidade planetária, para a verdade universal, e assim transformem suas vidas segundo o Propósito Divino.

Oro para que os corações aspirem à unidade com o próximo, com os Reinos da Natureza, com a vida, com Deus.

Oro para que os buscadores reconheçam a verdade em todos os ensinamentos transmitidos por Deus através de Seus Mensageiros, para que aqueles que buscam saibam ver além das palavras e encontrem nas entrelinhas a ciência divina da Criação.

Oro para que a vida sagrada já não seja ocultada pelas superficialidades humanas, e, da mesma forma, que a essência dos seres não esteja oculta pelas crenças ilusórias que eles têm sobre si mesmos.

Oro por uma nova vida e uma nova raça, para que depois de que o aprendizado humano se consolide, os seres tenham valor e esperança, para fazer emergir a nova vida e deixar florescer em si mesmos o novo ser, que diante de Cristo começará a despontar.

Oro para que a humanidade não perca o sentido de sua existência e a vida espiritual deixe de ser um costume e uma prática, para ser uma realidade e uma experiência de vida.

Oro, enfim, para que as Graças de Deus não permaneçam no Céu, mas que sejam vertidas sobre a Terra.

Hoje Eu os chamo a que orem Comigo, e assim intercedam por este mundo enquanto há tempo. Orem Comigo pela Paz.

Seu Pai e Amigo,

São José Castíssimo

A arte de ser nada

Ser nada é um estado interno que transcende todas as ciências e filosofias, todos os ensinamentos.

Todos os seres estão sempre buscando ser alguma coisa, através de sua profissão, de sua formação, de sua linha espiritual, de seu papel dentro da vida na Terra, dentro das famílias e inseridos nos sistemas de vida que o mundo oferece.

Ser nada não é deixar de fazer todas as coisas. Ser nada é um conhecimento maior da vida universal, que dá ao coração a certeza de que nada do que ele aparenta ser lhe pertence. Ser nada é o conhecimento do Todo que é Deus e a sabedoria de que toda a vida parte desse Todo, e fora dele é um mero nada.

Dentro de um corpo nada funciona sozinho. Um braço, por mais importante que seja no corpo, fora dele, perde seu sentido e se torna nada. Assim, também o ser que reconhece o Corpo Místico do Senhor, formado pela Vida, sabe que separado d'Ele é nada e, unido a Ele é tudo.

Ser nada é uma arte de amor e sabedoria; é uma ciência divina, mais do que a consciência da humildade. Um ser pode ser humilde e no entanto ainda estar cheio de ignorância, acreditando que a humildade lhe pertence, que ele é a própria manifestação da humildade.

Ser nada é um caminho de conhecimento e de transcendência, é a finalidade de tudo. Ser nada é um caminho de amor.

Aspirem a isso, filhos, a serem tudo em Deus e reconhecerem-se nada fora d'Ele.

Têm a Minha benção para isso.

Seu Pai e Amigo,

São José Castíssimo

As árvores e a vida - Parte II

Quando o Senhor criou o planeta e o manifestou através de Seu Pensamento mais puro de Amor pela vida, colocou em cada detalhe da Criação uma ciência profundamente espiritual, em que tudo o que vive e habita na Terra colabora para a renovação do Amor e para o retorno ao Coração de Deus.

A dualidade, o caos e o mal construídos pelo homem são frutos do desvio da consciência humana do Coração de Deus. Através de suas eleições, os seres escolhem estar em Deus e descobrir, na comunhão com a Criação, o caminho de retorno para o Seu Coração ou escolhem permanecer na ilusão e nos enredos de suas limitações humanas.

O Criador permite que certas coisas existam para conduzir o homem à superação e ao vencimento de si mesmo e não para os abismos do mundo, por onde adentram as almas todos os dias.

A natureza ainda é um mistério a ser desvelado pela consciência humana, e isso não se dará através de sua limitada ciência, mas, sim, através de seu coração, que é capaz de adentrar na ciência divina e compreendê-la, através da simples presença do Espírito de Deus.

As árvores, filhos, são o elo que mantém a Terra unida ao Céu e não permite que a consciência humana se desvincule totalmente de Deus. Apesar das ações humanas, das guerras e da indiferença, as árvores silenciosamente penetram com suas raízes físicas no profundo da Terra e, com suas raízes espirituais, chegam ao centro do planeta, mantendo a união entre a vida na superfície e a essência da Terra.

Com sua copa, seu tronco, galhos, folhas e flores físicas, as árvores mantêm o caminho de elevação ao Coração de Deus. E com sua copa espiritual, chegam aos Céus e se nutrem nas Fontes Sublimes, para que, ao transformarem o ar que a vida respira na Terra, tragam também as graças e o alimento espiritual, que faz com que as consciências não percam a paz e a possibilidade de amar.

As árvores nasceram para servir e amam o seu serviço, por isso, filhos, apesar de tantas vezes ultrajadas, não deixam de crescer, de florescer e de dar os seus frutos neste mundo.

Contemplem a doação das árvores e, enviando a elas sua eterna gratidão, deixem que suas consciências sejam conduzidas à essência da Terra e ao mais alto dos Céus, recordando, assim, o verdadeiro motivo de sua existência.

As árvores não esquecem para que foram criadas. Através delas, vocês também devem começar a recordar.

Seu Pai e Amigo,

São José Castíssimo

Contemplem a Criação e deixem que a ciência divina se revele em seu interior.

A vida se fez com o Sopro do Espírito de Deus e se manifestou através da vibração de Seu Verbo, mas uma ciência ampla também se desenvolveu a partir do Criador. Raios universais e divinos, Espelhos de luz e Fontes de energia, som e cor auxiliaram na criação dos Universos, das dimensões e das consciências.

Tudo na vida manifesta a perfeição, e assim como o Criador enviou Seus filhos para a evolução no vasto Cosmos, também criou o caminho de retorno para o Seu Coração, para a Fonte da Unidade, para o princípio do Amor.

Os Espelhos do Cosmos são este caminho de retorno ao Coração de Deus; através deles o Pai manifestou, animou e nutriu a Vida. Suas Fontes são eternas e se alimentam da própria existência de Deus. Fontes que manifestam fontes, das quais surgem as essências e as almas. Estes são os Espelhos do Cosmos, e, assim como o Pai porta em Seu interior os Espelhos que manifestam a vida, Seus filhos, semelhantes a Ele em essência e em amor, também portam em si os espelhos internos, que criam através do amor e que constroem, no invisível, o Plano do Criador.

Sejam conscientes dos espelhos que pulsam em seus corações e sintam-se parte de uma ciência universal e divina. Assim como os Espelhos do Cosmos criam em luz e manifestam vida e perfeição, criem vocês também, filhos, através da oração e das ações de amor. Manifestem a nova vida, atraindo, com os espelhos de seus corações, os novos padrões de conduta para a humanidade. Manifestem amor, paz e graça. Sejam dignos filhos de Deus, e, através dos espelhos de seus corações, recriem e renovem esta vida.

Seu Pai e Amigo,

São José Castíssimo